terça-feira, 8 de março de 2011

Mãe


Mãe, parece meio clichê escrever sobre ela, mas vou faze-lo mesmo assim. Por que escrever sobre a minha mãe? Simplesmente porque é uma das pessoas de que mais precisamos e é a pessoa que menos damos valor em certas partes da vida, dentre elas, adolescência. Para provar o que eu estou dizendo vou escrever um pequeno dialogo que vi a alguns dias atrás falando o que normalmente os filhos falam para as mães ao longo das idades:
3 anos: Minha mãe é tudo para mim.
6 anos: Eu te amo mãe.
12 anos: Mãe não me pega pela mão, olha o mico.
15 anos: Mãe eu te odeio.
17 anos: Mãe não enche o saco.
18 anos: Mãe vou sair de casa.
30 anos: Eu devia ter ouvido a minha mãe.
50 anos: Estou com medo de perder a minha mãe.
70 anos: Como eu queria minha mãe aqui comigo.
O que mais me doeu quando li esse pequeno texto, foi que me dei conta que mais cedo ou mais tarde eu vou perde-la, e é horrível pensar que vou ter que me conformar quando acontecer. Já ouvi amigos meus dizendo "nós devíamos morrer antes de nossas mães", mas dai não seria muito injusto com elas? Quero dizer, elas já aguentam nossos desaforos, a preocupação de quando ficamos doentes, nossas notas baixas e quando chegamos depois da hora combinada de uma festa quase enlouquecendo-as de medo que algo tenha acontecido, fora aguentar a dor no parto, seria demais ainda obriga-las a nos ver indo embora para sempre depois de tudo isso.
Não vou dizer que minha relação com a minha mãe é perfeita para que me faça ter vontade de escrever dela? Claro que não! E está bem longe de perfeita, mas ao longo das brigas viemos desenvolvendo mais confiança, mais cumplicidade, e lapidando um amor que sempre foi um dos mais fortes laços entre os seres vivo,s para que se tornasse algo suportável. Nós brigamos muito, ela me xinga e eu xingo ela, as vezes são brigas tão feias que quase saímos no tapa, ou que a alguns anos atrás me renderiam um castigo daqueles, porque ambas temos personalidade forte e somos teimosas, eu odeio dar o braço a torcer e ela sempre está tentando me mostrar que caminho seguir. Ultimamente ela me aconselha ao invés de me obrigar, mas sempre que ela diz uma coisa e eu quebro a cara por ter duvidado ela sempre fala "eu te avisei", mas nunca a impede de me dar um colo quando quero chorar. E devo admitir, é o melhor colo do mundo.
O que quero que as pessoas percebam, é o quanto é ótimo ter a nossa mãe ao lado, o quanto ela é incrível, e mesmo para aqueles que já perderam sua mãe por qualquer infurtúnio, sempre tem aquela amiga que se preocupa com você como se fosse sua mãe, ou um pai que faça os dois papéis. O instinto maternal todos recebemos de alguém, pois todos temos, inclusive os homens. Mas se você é como eu e ainda tem sua mãe, abraça-a bem forte todos os dias e diga com muita segurança "mãe eu te amo", pois tenho certeza que com essas simples três palavrinhas você irá faze-la a mulher mais feliz do mundo.

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