sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Hoje.

 
Hoje acordei com uma saudade de você. Uma saudade de mim. Saudade dos anos que se passaram. Anos em que tudo era fácil, por mais que não fosse de fato. Você sempre fazia tudo ser simples. 
Lembro dos nossos momentos juntos, quando você me dava banho. Nós dois em frente ao espelho enquanto você me ensinava a escovar os dentes. Quando eu ficava dando meus gritinhos histéricos porque você puxava meus cabelos na hora de fazer as trancinhas antes de ir para a escola. Impossível esquecer, de quando você entrava no quarto para me dar um beijo de boa noite com a doce ilusão de que eu já dormia e no fim eu sempre te fazia deitar ao meu lado para cantar Horizontes mais uma vez (um segredo, eu sempre esperava ansiosa por você, pois sabia que você iria). Até hoje me impressiono com a semelhança das nossas mãos, adoro entrelaçar meus dedos aos seus e ficar comparando as linhas de nossas mãos.
Sinto tanto sua falta pai. Pai, é só falar essa palavra e as lágrimas já descem pelo meu rosto. Você me fez forte, me fez ter pulso firme para aguentar tudo. Me ensinou que não posso deixar que pisem em mim. Mas você é a minha maior fraqueza. É só falar no meu pai, que eu já me derreto toda. Bom, meu velho, eu espero que você saiba que você nunca sai da minha cabeça. Que eu te amo mais que qualquer coisa nesse mundo e que nada nem ninguém pode substituir você. Nada vai me fazer esquecer do meu herói, meu porto seguro. 


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